A obra acima é intitulada “A Jangada do Méduse”, de autoria do pintor Théodore Gericault, e teve enorme importância como símbolo do Romantismo na pintura, reunindo ingredientes peculiares dessa corrente estética, tais como cores dramáticas, liberdade gestual e temas exóticos.
O quadro retrata a luta dos sobreviventes do naufrágio da fragata real "Méduse" na costa africana, enquanto levava soldados e colonos franceses para a missão de colonizar o Senegal. Na jangada foi instaurada a prática do canibalismo e adotada a lei do mais forte permitindo ainda que os mais doentes fossem lançados ao mar.
Géricault procurou estabelecer os limites entre a clareza e a obscuridade ou entre o racionalismo e o irracionalismo da era moderna, no qual o sagrado direito a vida se esvai diante da luz da razão. Com o movimento dramático das figuras no quadro e com a polaridade entre a luz e a sombra, que se desdobra sobre o mar revolto, Géricault exprime com intensidade dramática e épica os fatos contemporâneos.
Esta obra marcou época como crítica a ao Estado Moderno e terminou por consagrar Théodore Gericault como um dos grandes românticos, ao lado de Eugène Delacroix.
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