"A pintura é uma autodescoberta. Todo bom artista pinta o que ele é."
Jackson Pollock
Polêmico, irrequieto, perturbador, diferente... São apenas alguns qualificativos que se pode atribuir a Jackson Pollock, expressionista abstrato americano, cuja vida tumultuada acabou marcando profundamente a história da arte moderna.
Paul Jackson Pollock nasceu em Cody, no estado de Wyoming, em 28 de Janeiro de 1912 e foi um pintor dos Estados Unidos da América, considerado referência no movimento do expressionismo abstrato.
A Biografia de Pollock mostra um artista inquieto que tinha constantes rompantes de fúrias e autodestruição. Entre a pintura e o jazz, Pollock viveu emoções que o levaram da depressão ao êxtase e terminaram por transformá-lo em um alcoólatra.
De uma família com vários artistas, Pollock diferenciou-se imediatamente pelos seus métodos. Desenvolveu uma técnica de pintura, criada por Max Ernst, o 'dripping' - o gotejamento, na qual respingava a tinta sobre suas imensas telas; os pingos escorriam formando traços harmoniosos e pareciam entrelaçar-se na superfície da tela.
Pintava com a tela colocada no chão para sentir-se dentro do quadro. Pollock parte do zero, do pingo de tinta que deixa cair na tela elabora uma obra de arte. Suas telas, imensas, eram pintadas antes de serem estiradas. Deixava a tinta escorrer de latas furadas ou as espalhava-as de outra forma, usando pedaços de madeira, ferramentas, escovas de dente, espátulas e outros processos, abandonando definitivamente o pincel. O resultado é marcante.
Ver é deliciar-se!!!
O seu nome é um marco na pintura pós-guerra não só americana, mas em todo o mundo. Sem dúvida alguma, ainda é um dos pintores americanos mais influentes dos tempos atuais.
O fato de permitir que a tinta manchasse a tela à partir de latas furadas não faz com que a pintura de Pollock seja fruto da casualidade.
"Quero expressar meus sentimentos mais do que ilustrá-los... Eu posso controlar o fluir da tinta; não há acaso, assim como não há começo nem fim. Quando estou a pintar não tenho consciência do que faço. Só depois de uma espécie de 'período de familiarização' é que vejo o que estive a fazer".
Talvez tenha sido assim também com a vida real, com os seus movimentos do dia-a-dia.
Jackson Pollock pintou 340 telas durante sua vida e nos enche de admiração e nos deixa um grande legado.
Realizou obras primas como: Blue Poles: Number 11 (1952), Convergence (1947), Echo: Number 25 (1951), Guardians of the Secret (1943), entre outras.
Os valores de comercialização das obras de Pollock representam, em cifras, a genialidade deste artista.
O quadro abaixo é uma de suas obras, datado de 1948, esta tela foi vendida, em 2006, ao empresário mexicano David Martinez, por 140 milhões de dólares.
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